sexta-feira, 23 de abril de 2010

Próxima reunião Quintas Filosóficas - 06.05.2010 (Sala 4 - IC-IV/CE)

No encontro de ontem fomos presenteados com a participação especial dos professores Vinícius e Rogério que realizaram uma qualificada intervenção no tratamento da temática sobre a Economia Política e as influências teóricas de Marx, no âmbito da economia.
Para o próximo encontro (06.05), a discussão será em torno dos manuscritos econômico-filosóficos (material encontra-se na fotocopiadora do IC-IV, no CE/UFES).
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É fundamental a leitura prévia do material para que possamos acompanhar a exposição e o debate.
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Por mais que tenhamos a ansiedade de prospectivar os problemas, propomos uma atenção especial ao texto e à compreensão do mesmo. Isso não significa que a prospecção não seja importante, mas, que o zelo na compreensão dos elementos, conceitos, categorias presentes nos argumentos do autor são condição sine qua non para qualquer manifestação especulativa (se: passado ou futuro), criativa (produção de novos conceitos), imaginativa (construção de intuições imagéticas). Aliás, aí está um dos segredos de Marx, a interlocução com os intelectuais de seu tempo, mas, a partir de uma perspectiva de apropriação, incorpore-ação de categorias analíticas, conceitos, etc. Não obstante, isso não é mérito apenas de Marx, mas de tantos outros intelectuais, filósofos, artistas, cientistas etc.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Texto base para a reunião do dia 22.04.2010

Nosso próximo encontro será coordenado pelos Profs. Vinícius Vieira Pereira e Prof. Dr. Rogério Faleiros. O Professor Vinícius é bacharel em Ciências Econômicas pela Universidade Federal de Mato Grosso e Mestre em Economia pela UFES. Atualmente desenvolve pesquisa na área de  História Econômica e ministra a disciplina Formação e desenvolvimento do capitalismo no curso de Ciências Econômicas da UFES. O Professor Faleiros é formado em História pela Unesp, com mestrado e doutorado em Economia pela Unicamp, também desenvolve pesquia na área de História Econômica/Desenvolvimento Econômico e ministra as disciplinas Formação Econômica do Capitalismo Contemporâneo e Pensamento Econômico Político e Social Brasileiro. O Professor Rogério propõe  O pioneirismo de Smith, como texto introdutório à discussão que será realizada.

segunda-feira, 19 de abril de 2010

Próximos encontros das QUINTAS FILOSÓFICAS - Clássicos da Teoria Crítica da Sociedade: diálogos com a filosofia e a educação a partir de Marx

Encontro do dia 22.04.2010 - Economia política inglesa
Para reforçar, o encontro do dia 22.04.2010 será na sala 4, 1° piso do IC-IV, Centro de Educação - 14h às 18h. Teremos como convidado o Professor Vinícius e Prof. Rogério, ambos do Curso de Ciências Econômicas da UFES.

Encontro do dia 06.05.2010 - Manuscritos econômico-filosóficos

Os textos relativos aos Manuscritos econômico-filosóficos já estão na pasta do curso Quintas Filosóficas, na fotocopiadora do Márcio, no 1° piso do IC-IV. O fato de haver diferença nas traduções requer cuidado no momento de escolher a editora. Nesse sentido, a edição que vamos utilizar é da Boitempo Editorial, com tradução de Jesus Ranieri. Os textos são:

1) Trabalho estranhado e propriedade privada, p. 79-90;
2) Complemento ao caderno II, página XXXVI [Propriedade privada e trabalho], p. 103-114;
3) p. 126-137;
4) Propriedade privada e carências, p. 139-144.

quarta-feira, 31 de março de 2010

Alteração na Programação - Socialistas Utópicos para dia 08.04.2010


No nosso próximo encontro, dia 08.04.2010, a discussão será em torno dos SOCIALISTAS UTÓPICOS. No dia 22.04.2010 finalizamos as Três fontes do marxismo com A ECONOMIA POLÍTICA INGLESA.


  • Por favor, leiam com atenção as mensagens de email, para que não haja problemas de compreensão e conflito de informações.
  • Quem tiver interesse em aprofundar leituras acessar: http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/bibliotecavirtual.html,ou http://www.unicamp.br/cemarx/criticamarxista/numante.html; http://textosmarxistas.blogs.sapo.pt/9972.html


sexta-feira, 26 de março de 2010

ENCONTRO DO DIA 25.03.2010 - Prof. Dr. Maurício Abdalla

Olá,

Em continuidade aos trabalhos do curso, e na sequência do nosso cronograma, ontem tivemos a presença (25.03.2010) e o privilégio de assistir à brilhante intervenção do Prof. Dr. Maurício Abdalla Guerrieri, que abordou elementos da filosofia de F. Hegel, uma das principais fontes da filosofia marxiana (de Marx).
  • TEXTOS SOBRE HEGEL

A Filosofia de Hegel

  
Ronie Silveira

Georg Wilhelm Friedrich Hegel nasceu em Stuttgart na Alemanha em 27 de agosto de 1770 e faleceu em Berlin em 1830. Em 1788 entrou para um seminário de teologia protestante em Tübingen. Nesse seminário travou amizade com Schelling e Hölderlin. Em 1793 Hegel renunciou à profissão de pastor e até 1796 trabalhou como preceptor em Berna, na Suíça. Depois disso, mudou-se para Frankfurt onde permaneceu até 1800 - ainda como preceptor. Em 1801 ingressou como livre-docente da Universidade de Jena e em 1816 foi nomeado professor na Universidade de Heildeberg. Em 1818 transferiu-se para a Universidade de Berlim da qual se tornou reitor em 1829.

O objetivo que impulsionou originalmente a Filosofia de Hegel foi a reconstituição de um ideal cristalizado na imagem da Grécia Antiga. Esse ideal personificava a busca da liberdade. Não a liberdade subjetiva e privada como nós a entendemos hoje. O que esse ideal personificava era uma noção de liberdade completa sem a presença da alteridade e da diferença. Uma liberdade, portanto, que pelas suas próprias características implicava uma consumação ligada ao infinito: sua realização deveria eliminar toda espécie de separação entre as dimensões da vida. Assim, em contraposição a um presente caracterizado pela cisão entre governados e governantes, entre Deus e os homens e entre Política e Religião, a Grécia Antiga representava, para Hegel e muitos de sua geração, um ideal de harmonia e de identidade entre esses vários aspectos. Liberdade, então significava uma vida plena ou o reestabelecimento da juventude perdida da civilização ocidental.

Entretanto, o amadurecimento do pensamento de Hegel conduziu-o a uma posição diferente e antagônica com relação à restauração do mundo grego. A noção de retorno cedeu terreno ao reconhecimento da riqueza e da peculiaridade do presente histórico. Também tornou-se evidente a precariedade da liberdade antiga. Mesmo abandonando a busca pela restauração da Grécia Antiga, o objetivo da liberdade ou da vida plena permaneceu orientando a Filosofia de Hegel em sua formulação definitiva.
Se queremos eliminar toda a exclusão, devemos iniciar por aquela que está presente no modo como o conhecimento ocorre. Assim, o que sei é algo que sei de outra coisa, de algo real. Então, o que sei não é a própria realidade, mas um saber relativo a ela. Todo saber está, portanto, fora do ser. Quando conhecemos produzimos uma alienação, uma diferença entre o saber e o ser. Se entendermos o conhecimento dessa maneira, fazemos proliferar essa diferença e essa alienação. A necessidade de eliminação dessa alienação levou Hegel a formular uma noção muito peculiar de conhecimento. O motivo que leva o conhecimento a se constituir como um saber fora do ser é a consciência. É porque a consciência não é o objeto do conhecimento que sua apreensão do ser produz outra coisa que não o próprio ser. Mesmo quando a consciência reflete sobre si mesma, ela se toma como se fosse outra e, portanto, seu saber sobre si mesma ainda é um saber diferente do que ela é. Mas Hegel não proporá que eliminemos a consciência para evitar a alienação. Isso significaria afirmar que o verdadeiro conhecimento deve ser operado por outras modalidades que não aquelas próprias da consciência – como o sentimento ou a emoção, por exemplo. Hegel não cai nessa armadilha da irracionalidade. Ele afirmará que a consciência deve ser conduzida a um estágio no qual não haja mais a alienação – mas isso deve ser produto do esforço da consciência e não sua negação.
Esse processo pelo qual a consciência parte de um hipotético estado bruto e chega a identificar o saber com o ser é descrito por Hegel na Fenomenologia do Espírito. O saber absoluto é um saber de si, isto é, ele é um conhecimento que não produz um saber exterior àquilo que é conhecido. Para que isso possa ocorrer, o conhecimento não pode ser diferente da realidade ou o contrário: o modo como as coisas são é o mesmo modo pelo qual elas são conhecidas. Mas isso obviamente é muito diferente do conhecimento empírico com o qual estamos habituados a lidar no nosso cotidiano.


A TEORIA CRÍTICA VAI AO CINEMA



LOUREIRO, Robson & ZUIN, Antônio Álvaro Soares (Orgs.)

 
Publicação: 2010
Páginas: 233
Acessar: http://www.secretariadecultura.ufes.br/editora_catalogo.php?id_menu=47